Acordava com o sino da igreja, erguia-se com o retinir do despertador, passava o dia a reparar claxons d’automóvel e campainhas de porta, almoçava na vizinhança de uma carreira de tiro, atendia todos os telefones da repartição, dormitava no comboio pouca-terra, jantava num botequim com rumbas e rocks na telefonia, desligava o candeeiro entre ecos da infância e estrondos do futuro.
Ensurdeceu, obviamente!
1 comentário:
São muitas as formas possíveis de alienação...viver o dia a dia no meio da confusão e do ruído exteriores pode ser uma forma de fuga à realidade, evitando o ouvir-nos a nós mesmos e a quem nos rodeia.
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