Vivia num sótão, entre baús de quinquilharias sem cadeado e fardos de jornais atados a corda, pilhas com três gerações de memórias e trastes avulsos sem genealogia, restos de cordas de falsos stradivarius e nacos de prosas de genuínas assinaturas.
Ao ligar a ventoinha, fugiram papéis amarelos, apareceram retratos a sépia, marcharam borboletas de lata, voaram soldados de chumbo, tartarugaram carros de corrida, lebraram muralhas de castelo.
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