"O seu interior mal iluminado, escuro e solene estava impregnado de um forte cheiro a laca, de cores, incenso, aromas de terras distantes, mercadorias raras. Lá se encontravam fogos-de-bengala, caixas mágicas, selos de países que já não existiam há muito tempo, estampas chinesas, anil, colofónia de Malabar, ovos de aves exóticas, papagaios e tucanos, salamandras e basiliscos, raízes de mandrágora, caixas de música de Nuremberga, homúnculos dentro de garrafas, microscópios e óculos, sobretudo livros raros e muito especiais, velhos in-folios cheios de gravuras maravilhosas e fascinantes histórias."
(Bruno Schulz)
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